Crer e Receber

     “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. ” (Mc. 11: 24).   
 

      Todos nós trazemos a tendência negativa de duvidar daquilo que não se pode ver pelo os olhos do corpo. A maior ou menor intensidade dessa tendência faz a diferença no momento em que precisamos colocar nossa fé em prática, impedindo ou ajudando para sermos ou não alcançados pelo poder divino. Jesus mostrou que é da vontade de Deus atender a todos os nossos pedidos. Por isso, quando pedimos e não recebemos, podemos crer que o impedimento está em nós (Ver Mt. 7: 11).

      O versículo acima relata a declaração de Jesus aos discípulos, quando estes o viram ordenar a uma figueira para não dar mais frutos, e essa secar desde a raiz até a última folha (Mc. 11: 13-14-20). Devemos considerar que Cristo é o nosso modelo, e procurar aproximar nossas atitudes das suas. Para isso, temos de observar atentamente os detalhes da maneira pela qual ele fazia as coisas acontecerem. Veja nessa passagem: Jesus simplesmente ordenou àquela árvore a dar não mais frutos. Sem questionar se isso poderia ou não acontecer, seguiu para Jerusalém, e lá cuidou de outros assuntos. Quando voltaram no dia seguinte, viram que a árvore havia secado, numa indicação de que a natureza obedeceu a Palavra do Senhor (Mc. 11: 20-21). Isso mostra que, ao ordenar sobre a árvore, ele creu que haveria de acontecer conforme sua determinação, e foi confirmado por Deus. Cumpriu-se aí a declaração de Deus a respeito daqueles que obedecem a Sua vontade. (Veja Is. 44: 24-26).

      Mas alguém poderia pensar que só Jesus tinha esse poder. Sabedor disso, ele fez questão de explicar que isso não era um privilégio seu, mas de qualquer um de nós, que andar corretamente de acordo com a vontade do Pai. Veja o texto:

     “Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus;  porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.” (Mc. 11: 22-23).

      Observe que ao explicar sobre o fato, Jesus generalizou na declaração mostrando que todos nós também podemos determinar e as coisas acontecerem, desde que não duvidemos em nosso coração. Portanto, bloqueamos o poder de Deus em nossas vidas, quando deixamos a tendência negativa da dúvida tomar conta de nós. Foi por isso que, diante da incredulidade de Tomé, o Senhor o repreendeu com as seguintes Palavras: “bem-aventurados os que não viram e creram! ” (Jo. 20: 29).

     A incredulidade e a dúvida perdem seus efeitos, na medida em que obedecemos ao ensino trazido individualmente pelo Espírito Santo (I Jo. 2: 27). Isso quer dizer que, acima de qualquer domínio humano que possa nos influenciar, devemos atentar para o entendimento que o Espírito nos dá quando examinamos as Escrituras. É ele quem nos guia no caminho da verdade (Jo. 16: 13).

      Amigo pense bem. Se Jesus disse que podemos receber tudo o que pedimos, e isso não está acontecendo, é sinal que, de alguma forma, não estamos fazendo a legítima vontade de Deus.  Nesse caso, a melhor atitude é buscar a correção de nosso erro, e mudar o que for necessário. Esse foi o conselho de Jesus para alguém que estava indo em direção errada, e decaindo na fé. Veja o texto:

     “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, ...” (Ap. 2: 5).

      É bom lembrar que Deus não revoga a unção que for dada aos homens; mas tira deles o reino quando O desobedecem (I Sm. 15: 28).

      Que o Senhor te abençoe.