“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (Mt. 11: 28-29).
A palavra jugo traduz a idéa de domínio. Algo que nos obriga a deixar o nosso querer e cumprir a vontade de um dominador. O jugo pode ser mais leve ou mais pesado, na medida em que faz negar a nossa própria vontade, para obedecer a quem está nos dominando. Em qualquer situação ele expressa a força que nos leva a caminhos diferentes, indicando que a nossa vontade é considerada errada perante os olhos de quem nos domina. Do ponto de vista espiritual, o homem não é um ser autossuficiente, e vive debaixo de algum tipo de jugo, ou seja, de algum tipo de domínio espiritual. Antes da vinda de Jesus, todos eram obrigados a viver sub o jugo espiritual da mentira, onde só existia luz e trevas (Jo. 8: 44). Masdepois da vitória do Senhor no calvário, todos passaram a ter o direito de optar pelo jugo que conduz à verdade (Ef. 2: 8). Essa é a razão pela qual Jesus nos convida a tomar o seu jugo, pois como Filho de Deus ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo. 14: 16).
Os versículos acima reproduzidos relatam as Palavras do Senhor, mostrando que o fato de convertermos aos caminhos do evangelho não nos torna autossuficientes na dimensão espiritual, mas impõe sobre nós um jugo suave e um fardo leve, em relação àquele que satanás impôs a todos os homens do mundo durante milhares de anos (Jo. 16: 7 a 11). Obviamente existe uma grande diferença para quem aceita o convite do Senhor e se submete ao seu jugo. Ela começa pelo fato de não ter caráter obrigatório, demonstrando respeito da parte de Deus para com o ser humano (I Pe. 5: 2). Conduz-nos até a vida na eternidade, levando ao descanso que Deus tem reservado para o seu povo (Hb. 4: 9).
Jesus tinha plena consciência de que antes de sua vinda toda a humanidade estava cativa sub o jugo da mentira imposta ao ser humano pelo espírito satânico. É por essa razão que ele adverte contra várias armadilhas mascaradas em atrações aparentemente agradáveis, mas que no fundo visa a ocupar nosso tempo e não deixar espaço para que possamos meditar e descobrir a verdade. Veja o que ele recomenda. Eis o texto:
“Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.” (Lc. 21: 34).
O laço a que Jesus se refere nesse texto é o envolvimento com as coisas passageiras que acabam levando o ser humano a trocar o direito de descanso de sua alma pelas coisas fúteis do mundo (Hb. 12: 16).
Portanto, o convite de Jesus, que ainda hoje continua valendo, visa nos livrar da escravidão espiritual, com a certeza de sermos herdeiros legítimos do reino que Deus preparou para o homem desde o princípio da criação (Mt. 24: 34). Essa certeza define nossa esperança segundo o desejo de Deus. Veja esse texto de advertência:
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;” (Ecl. 12: 1).
Amigo, a verdade pode doer inicialmente; mas traz bons frutos para os destinos de nossa alma. Portanto, se você se sente cansado desse mundo que te decepciona todos os dias, aceite o convite de Jesus. Lembre que não fomos criados para sermos escravos, mas para servir a Deus em obediência e verdade (Veja Ez. 28: 14-15).