Comunhão com Deus

           “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente,  o SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado.” (Gn. 3: 22-23).

       Cultivamos o hábito de manter relacionamentos com outras pessoas porque não sentimos bem em viver só (Gn. 2: 18). Isso acontece porque fomos concebidos para viver em comunhão, e normalmente um sentimento de vazio nos invade quando essa comunhão é cortada.  Mas se a convivência com outras pessoas proporciona alegria em nossa alma, imagine a importância da comunhão com Aquele que criou todas as coisas e trouxe o ser humano à existência (Rm. 4: 17). As Escrituras Sagradas mostram que no princípio da criação o homem gozava de perfeita comunhão com Deus; mas perdeu esse privilégio por haver pecado contra o Senhor.

       Os versículos acima reproduzidos relatam a forma pela qual o espirito humano foi cortado da comunhão com o Criador. Um dos motivos da ruptura entre o Espírito de Deus e o espirito do homem, foi o desejo de Adão de se igualar a Deus, quando na verdade fomos criados para sermos semelhantes e não igual (Gn. 1: 26).

       A interrupção da comunhão com Deus, ainda no tempo do jardim do Éden, levou o homem a se tornar literalmente cego do espírito, passando a viver na mentira imposta por satanás. Isso permaneceu por milhares de anos, e até hoje não restauramos totalmente a percepção do mundo espiritual. Um exemplo disso foi mostrado no momento em que Jesus percebeu a intenção do diabo em enganar Pedro. Veja o texto:

      “Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça;…” (Lc. 22: 31-32).

       Esse texto deixa claro que Jesus percebia as coisas do mundo espiritual; mas Pedro era cego do espírito. A razão dessa cegueira é a interrupção da comunhão com Deus ocorrida no princípio do mundo. Entretanto, nos dias atuais caminhamos para a restauração de todos osprivilégios que Deus nos concedeu, inclusive a visão espiritual.  Isso se tornou possível porque Jesus, como Filho de Deus, não herdou o pecado de Adão, venceu o mundo e abriu as portas de retorno ao reino dos céus para todo aquele que nele crer (Mc. 16: 16).

       Hoje, mesmo não tendo ainda recuperada a visão de nosso espírito, podemos optar por viver na prática do evangelho através da guia do Espírito Santo que nos conduz nos caminhos da verdade, bastando para isso que O busquemos de todo o nosso coração (Jr. 29: 13). Um exemplo disso foi mostrado com clareza na vida do apóstolo Paulo, quando o Espírito o conduziu da região frígio-gálata para a cidade de Filipos na Macedônia, determinando onde ele devia e onde não devia anunciar o evangelho (At. 16: 6 a 12).

       Mas dias virão em que a perfeita comunhão com Deus será totalmente restaurada por aqueles que forem fiéis ao Senhor. Veja na revelação de Jesus para o apóstolo João, a respeito da Nova Jerusalém. Eis o texto:

      “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele.” (Ap. 22: 3-4).

Amigo, se você já recebeu o batismo com o Espírito Santo, busque comunhão com Deus através Dele. Esse é o único meio de andar na verdade, sem correr o risco de ser enganado. Lembre que Jesus se preocupou em nos advertir contra os enganos, declarando que muitos haveriam de vir em nome dele e enganariam a muitos (Mt. 24: 4-5). Isso está se cumprindo em nossos dias.

        Que o Senhor te abençoe e te guarde.