“Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. ” (Fp. 1: 23-24).
O medo da morte faz a pessoa preferir continuar vivendo, mesmo estando em precárias condições de vida. Isso acontece porque a grande maioria não tem certeza de seu verdadeiro destino, e tem dúvidas do que vai acontecer quando perder o corpo e passar a viver apenas em espírito. Entretanto – dependendo de como vivemos aqui – a mudança provocada pela morte pode nos colocar em melhores condições na caminhada de nossa existência (Lc. 16: 22). Mas a falta de uma fé alicerçada na confiança em Deus provoca o temor daquilo que não vemos. Esse comportamento tem gerado o fracasso de muita gente. Por isso, é importante o entendimento de que a incerteza do futuro e o fantasma do medo desaparecem na medida em que procuramos viver em comunhão com Deus. A inexistência desse fantasma levou Jesus a obedecer integralmente a vontade do Pai, e consumar a derrota do inimigo (Is. 53: 7). Também o apóstolo Paulo alcançou um excelente nível de desenvolvimento espiritual nesse sentido.
Os versículos reproduzidos acima demonstram a confiança que Paulo adquiriu como resultado de sua comunhão com Deus. Ele tinha a certeza de seu destino após a morte, e sabia que uma posição muito melhor o esperava quando perdesse o corpo e passasse para a vida exclusivamente espiritual. Por isso, para ele a morte já não representava mais um efeito danoso, ou causador de medo, já que a comunhão com Deus o levou a uma visão antecipada de sua posição do outro lado da vida. O exemplo de Paulo confirma a importância que representa nossa intimidade com Deus, mostrando que a dedicação em obedecer ao Senhor nos conduz à certeza de uma melhor posição após sair desse mundo. Davi já sabia disso em seu tempo. Veja o que ele disse. Eis o texto:
“O SENHOR resgata a alma dos seus servos, e dos que nele confiam nenhum será condenado.” (Sl. 34: 22).
Esses relatos das Escrituras mostram que os efeitos da morte podem ser maldição ou benção, dependendo de nossas obras aos olhos de Deus durante o tempo em que vivemos aqui (Jr. 17: 10). Essa é a razão pela qual o apóstolo João nos ensina a buscar a comunhão com Deus em primeiro lugar, mostrando que quando fazemos isso de coração sincero osangue de Jesus nos purifica de todo o pecado (I Jo. 1: 6-7). A morte e o pecado são parceiros inseparáveis. Mas Jesus a venceu, e se seguirmos seus princípios ela deixa de ser um terror para nós, pois o Senhor tem poder para derrota-la. Veja o texto:
“… fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap. 1: 18).
Assim, buscar a comunhão com Deus é uma necessidade primordial de cada cristão. Essa busca representa a restauração dos privilégios que o homem perdeu ainda lá no Éden, é de extrema importância, e por isso não devemos permitir que nenhum intermediário nos atrapalhe. Antes de retornar aos céus, Jesus disse que iria para o Pai, mas mandaria o Espírito Santo, que, como nosso Consolador, haveria de nos guiar em toda verdade (Jo. 16: 13). Essa promessa já se cumpriu, e hoje através da unção que Ele nos proporciona podemos alcançar comunhão com Deus, na medida em que cremos e obedecemos a santa Palavra.
Amigo, a comunhão do homem com Deus foi interrompida quando o pecado entrou no mundo (Gn. 3: 22-23). Isso deu lugar ao domínio do inimigo sobre nós por milhares de anos, e somente a vitória de Jesus nos libertou. Entretanto, só tomamos posse do privilégio que o Senhor restaurou para nós, na medida em que colocamos o evangelho no coração e passamos a viver na prática de suas regras. Portanto, ore e peça a Deus para que o Espirito Santo te guie na verdade, e certamente ele te fará prosperar na grande riqueza da comunhão com o Criador. Veja o texto:
“Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Pv. 3: 5-6).