“Ouvi uma voz do céu dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; porque as suas obras os acompanham. Olhei, e eis uma nuvem branca, e sobre a nuvem sentado um semelhante a filho de homem, tendo uma coroa de ouro sobre a cabeça e uma foice afiada na mão. ” (Ap. 14: 13-14).
Examinando o caráter de Deus através das Escrituras, deparamos com muitas afirmações extraordinárias. Uma delas é o fato de que Sua Palavra jamais falhará em alcançar o objetivo para o qual foi mandada (Is. 55: 11). Por isso, mesmo quando não temos condições de fazer avaliação exata sobre alguns textos bíblicos, podemos ter certeza de que tudo aquilo que neles está escrito vai se cumprir ou já se cumpriu. O livro do Apocalipse traz muitas revelações de eventos fortes que ainda vão se cumprir. Eles estão na agenda de Deus para ocorrerem no tempo determinado (Ec. 3: 1), e um deles é o arrebatamento – ainda que seja pela morte - daqueles que cumprem com fidelidade os mandamentos de Jesus.
Os versículos que reproduzimos acima relatam a forma pela a qual o Senhor arrebatará os cento e quarenta e quatro mil judeus que vão ser marcados especialmente para ele (Ap. 7: 2 a 9). O tratamento a ser dado a eles será diferente do nosso, já que em todos os sentidos eles são considerados como primícias de Deus (Ex. 23: 16). O texto identifica o arrebatamento que será executado pelo próprio Senhor Jesus, colhendo a alma dos escolhidos, como o agricultor que lança a foice para cortar e colher os frutos maduros de uma seara. Na verdade Jesus se considera como a árvore, tendo nós como os ramos e Deus como o agricultor. (Jo. 15: 1-2). O texto fala do tempo em que Deus haverá de colher os frutos que demos na terra, mostrando que as obras que aqui fizemos nos acompanham para a eternidade quando somos salvos.
O acontecimento dos eventos aqui abordados vai ocorrer num tempo de muitas angústias e tribulação entre o povo de Deus em todo o mundo. Ele se dará no curto período de domínio da besta, isto é, num tempo em que o anticristo estará prevalecendo (Dn. 9: 27). Mas Jesus prepara aqueles que o seguem para enfrentar esse tempo. Veja o que ele nos manda fazer. Eis o texto:
“Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.” (Ap. 13: 9-10).
A instrução do Salvador é não se desesperar com a situação da época, pois no comando de nosso destino está o Deus de Jacó que não nos deixa perder a batalha nem mesmo na morte. Veja o texto:
“Feliz é aquele que tem por seu auxílio o Deus de Jacó, Cuja esperança está em Jeová seu Deus,” (Sl. 146: 5).
Nos dias atuais ainda passamos pelo período de preparação iniciado por João Batista a mais de dois mil anos (Lc. 1: 16-17). Mas o povo anticristão tem avançado a passos largos em busca dos três anos e meio de seus domínios. Provavelmente nossa geração não estará mais aqui no tempo das tribulações consideradas como a ceifa humana. Entretanto, o Senhor espera que o cristão consciente deixe um legado de fé, coragem e determinação para os que vão nos suceder na caminhada para o reino da glória (Dt. 4: 9-10).
Amigo, o terreno para os domínios do regime da besta está sendo preparado sutilmente. Mas aqueles que verdadeiramente servem a Jesus não esmorecerão da fé nem mesmo diante da morte. Veja o conselho do Senhor: “...Sê fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida.” (Ap. 2: 10).