Mensagem

Caminhos do Enganador

MSG 308 = 14/9/2012

      "Quando a mulher de Urias ouviu que seu marido era morto, o chorou.  Passado o tempo do nojo, mandou Davi buscá-la para sua casa. Ela lhe foi por mulher e deu-lhe à luz um filho. Mas o que Davi fizera desagradou a Jeová. ” (2 Sm. 11: 26-27).   

     
         A capacidade de perceber as coisas espirituais passou a ser um desfio para o homem desde a entrada do pecado no mundo, quando Adão foi expulso do Paraíso e perdeu a comunhão com Deus (Gn. 3:  23-24). No tempo atual já evoluímos um pouco, mas ainda assim, sem que percebamos, nosso sentimento toma caminhos enganosos com muita facilidade. O espírito enganador age de maneira imperceptível, e sua meta é nos levar ao abismo (Jr. 17: 9). Diante da imperfeição que passou a fazer parte da natureza humana, dede o princípio do mundo, o inimigo de nossas almas criou e domina um verdadeiro império formado por seres espirituais originários de pessoas que morreram sem salvação. As Escrituras mostram que os escravos desse império são obrigados a fazer o que lhe é mandado (Lc 16: 22 a 24). Por isso,  a mente das pessoas  espiritualmente enfraquecidas, é a brecha de entrada das setas enganosas, fazendo-as esquecer do temor de Deus, e pecar contra o Senhor. Os sentimentos distorcidos encontram facilidade para dominar, e levam as pessoas a fazer coisas que, em sã consciência, jamais fariam. Vários relatos bíblicos mostram isso claramente.

        Os versículos acima reproduzidos relatam sobre um desses casos acontecido com o rei Davi. Mesmo cultivando grande respeito pela lei de Deus, Davi foi vítima de um desse tipo de engano, quando mandou matar o soldado Urias para tomar sua mulher. O texto transcrito declara que ele desagradou a Deus, e não conseguiu por si mesmo, perceber que estava em pecado. Para isso acontecer foi necessária a advertência  do profeta Natan (2 Re. 12: 1 a 7). Analisando o procedimento de Davi, nota-se que o inimigo entrou por uma pequena brecha. Naquele tempo, quando o exército partia para a guerra, o rei era o primeiro à frente dos guerreiros. Mas na guerra contra os filhos de Amom Davi mandou o exército e ficou em casa. 

      Muitos de nós hoje não conseguimos perceber onde Davi falhou perante a vontade de Deus. Afinal, ele era o rei, e tinha o direito de descansar (Hb. 4: 9). Mas o profeta Samuel, ao deixar a liderança do povo para que Israel aclamasse um rei, declarou que a partir dali o rei haveria de ir adiante do povo na condução de seu destino (I Sm. 12: 1-2). Com toda a certeza essa palavra do profeta foi aceita  por Deus, pois o Senhor promete considerar as palavras de seus servos. Veja o texto:

      “Assim diz Jeová, que te remiu e que te formou desde o ventre: Eu sou Jeová, que faço todas as coisas, ... que confirmo a palavra do meu servo, e cumpro o conselho dos meus mensageiros; ... “ (Is. 44: 24 e 26). 

    
       Os enganos que o inimigo coloca na mente do  homem só podem ser discernidos quando confrontados com a Palavra de Deus. Por isso, mesmo que sejamos conhecedores da vontade do Senhor, precisamos estar sempre oração, ou seja, ligados na videira verdadeira (I Ts. 5: 17).

       Amigo, medita nisso. Mesmo sendo o Filho de Deus, batizado e confirmado pelo Espírito Santo, Jesus rebateu todas as sugestões do enganador com a Palavra contida nas Escrituras (Lc. 4: 3 a 12).  Ao encontrar os discípulos dormindo na vigília do monte das Oliveiras, ordenou-os que orassem para evitar a tentação. Portanto, se queremos impedir as artimanhas  do enganador, o melhor caminho é tomar as atitudes do Senhor como modelo.

       Que as bênçãos do Senhor te alcancem plenamente