“O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade...” (Na.1: 3).
As afrontas que sofremos no relacionamento com as outras pessoas, muitas vezes com resultado danoso para nós, tendem a deixar nosso coração ferido, por julgar que fomos injustiçados. Quase sempre elas nos levam a deixar de lado o que já sabemos sobre a justiça divina, e permitir que o ressentimento tome lugar em nosso coração. Quando isso acontece, mesmo sem perceber, estamos expressando para Deus que não acreditamos na Sua justiça, que prevê o retorno de tudo o que se faz, seja de bem ou de mal. (Veja Gl. 6: 7). É bom lembrar que, se nos propomos a seguir os caminhos de Cristo, devemos crer na justiça de Deus, e esperar sua manifestação. Isso nos poupará de muitas amarguras, e impedirá que o mal se multiplique. No tempo certo, Deus haverá de pedir contas a todos nós, estejamos vivos ou mortos (Veja I Pe. 4: 4-5). Foi por isso que o Senhor Jesus, ao ensinar o caminho do reino, mandou que devemos orar para os que nos perseguem (Veja Mt. 5: 44). Ele sabia que acima de nossas razões está a razão de Deus, e que da justiça divina ninguém pode escapulir.
Evidentemente não é fácil agir dentro dos caminhos ensinados por Jesus, pois ele exige grande esforço para substituirmos os mandamentos da lei do mundo, pelo mandamento da lei de Deus. Mas é exatamente a prática desse esforço que vai aperfeiçoar nosso espírito para que ele possa alcançar o alto refúgio. Veja no texto:
“Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. ” (Mt. 11: 12).
Os dias de João Batista trouxeram o batismo nas águas, como sinal de nossa aliança com Jesus, e somente através dessa aliança é possível entrar no reino da glória. Portanto, ninguém poderá ser salvo se não se esforçar para cumprir, de coração, os mandamentos do Senhor. É esse esforço, para abandonar nossos sentimentos, muitas vezes justos perante a sociedade, mas errados perante Deus, que Jesus considerou como uma porta estreita e mandou que entrássemos por ela (Veja Lc. 13: 24). Para conseguir praticá-lo de coração, é necessário ter o temor de Deus. Quando tomamos a atitude de orar por quem nos persegue, mesmo lutando contra a nossa vontade, o Espírito Santo muda nosso sentimento, e passamos a ver as coisas por outro ângulo. Conseguindo isso, podemos considerar que demos um tapa na cara do diabo, pois é ele quem promove todos os tipos de contendas entre os seres humanos.
Por outro lado, se tomamos conhecimento da lei divina e não praticamos, pecamos por omissão (Tg. 4: 17), e nossas bênçãos ficam bloqueadas, por motivo de desobediência.
Por isso, amigo meu, quando outra pessoa te afrontar, ainda que ela esteja claramente errada, procure praticar o que Jesus ensinou. Lembre que Deus jamais inocentará o culpado, e que através da tormenta você pode achar o caminho certo para chegar a Ele. A lei do Senhor é perfeita, e devemos seguir por ela. Mesmo que no momento não estejamos entendendo, um dia vamos descobrir a razão pela qual as tempestades vieram sobre nossa vida. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, praticou a lei divina vigorante em sua época, e teve sucesso. Veja o que ele escreveu:
“A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.” (Sl. 19: 7).