CAMINHO PARA CRISTO

MSG 578 = 16/01/2018

“Na casa de meu Pai há muitas moradas. ... vou preparar-vos lugar. E ... voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (Jo. 14: 2-3).

Esse texto reproduz as Palavras ditas por Jesus, nos dando conhecimento do futuro de todos aqueles que forem salvos. Como vemos, é da vontade soberana de Deus que retornemos aos céus, ou seja, ao ponto em que Deus criou o primeiro homem (Gn. 1: 27). Desde sua ascenção, Jesus prepara lugar para aqueles que o seguem. Mas precisamos entender que seguir a ele representa tomar conhecimento de sua Palavra, abandonando a nossa própria vontade, para fazer a vontade dele (Mc. 8: 34). Isso quer dizer que a obediência ao que está escrito na sua Palavra é fator essencial.

Muitos fatos acontecidos na caminhada do povo de Israel em busca da terra prometida, prefiguram os caminhos dos cristãos. Da mesma forma que tratou com os judeus naquela época, Deus trata com nós hoje. A diferença é que com eles as coisas aconteceram em nível menor, e na dimensão física; e com nós acontecem na dimensão espiritual. Usando uma perspectiva atualizada, podemos crer que o mesmo rigor de obediência usado com os judeus, é usado também com nós. O diferencial é do aspecto físico para o espiritual. Devemos notar que Moisés morreu sem entrar na terra da promessa, por causa de uma pequena desobediência à ordem de Deus no relacionamento com o povo nas águas de Meribá. Veja o que Deus disse para ele. Eis o texto:

“... Sobe a este monte Abarim, e vê a terra que dei aos filhos de Israel. Tendo-a visto, serás também recolhido ao teu povo, ... porque no deserto de Zim, na contenda da congregação, fostes rebeldes à minha ordem, não me santificando diante dos seus olhos na questão das águas (Estas são as águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim).” (Nu. 27: 12-13-14).

Nas águas de Meribá Moisés cometeu um deslize, que aos nossos olhos pode parecer pequeno. Deus havia mandado ele falar à rocha para que ela dessa água. Mas ele estava aborrecido devido aos reclames da congregação, e feriu a rocha duas vezes com sua vara, ao invés de apenas falar (Nu. 20: 8-9-10-11). Isso foi tido por Deus como pecado de rebeldia, e foi cobrado. Ele havia cometido outros deslizes, inclusive o de não crer que Deus podia alimentar o povo no deserto (Nu. 11: 21 a 24). Mas esses o Senhor não o cobrou. Entretanto, o ato de rebeldia não passou na tolerância de Deus.

Somos considerados rebeldes, quando sabemos da vontade do Senhor, e por qualquer motivo não a obedecemos. Por isso, não podemos esquecer de que Jesus tem lugar preparado, mas ele exige que obedeçamos sua Palavra. Muitas lideranças hoje destorcem o sentido das Palavras contidas no evangelho de Jesus, simplesmente para alcançar seus interesses pessoais, sem se preocupar com o destino de enormes massas de pessoas que nelas confiam. Portanto, é de grande necessidade que venhamos a examinar as Escrituras, pois é através delas que alcançamos a vida eterna (Jo. 5: 39-40). Isso exige de nós muito esforço e determinação, pois o caminho que conduz à vida eterna é apertado. Veja o que Jesus disse. Eis o texto:

“... estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” (Mt. 7: 14-15).

O melhor meio de seguir essa advertência do Senhor é o hábito de conferir com a santa Palavra tudo aquilo que recebemos a respeito dela (Ver I Ts. 5: 21). Entretanto, para isso é necessário que nosso foco esteja na Palavra de Deus, e não nos homens, já que é o Espírito Santo quem nos guia em toda a verdade (Jo. 16: 13).

Amigo, o reino de Deus é tomado por esforço. Portanto, para alcançar as promessas de Jesus sem ficar pelo meio do caminho, é necessário que venhamos a viver pela fé, esperando inteiramente na graça do Senhor (I Pe. 1: 13).

Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza