BONS OU MAUS OLHOS

MSG 944 30/10/2023

Somos um espírito, moramos num corpo e temos alma; sendo que essa última não teve criação própria. Ela é apenas um recurso da terra, para transmitir necessidades naturais desta, ao espirito que traz a vida (Pv. 20: 27). Nosso espirito está sujeito a influências de luz ou de trevas, a saber, da luz da sabedoria, ou seja, unção espiritual decorrente da obediência a Deus. Na medida em que a adquirimos, ele se aproxima de Deus, evoluindo para o alto, e deixando para atrás as coisas da terra, que representam trevas, ou desconhecimento dos caminhos do Senhor (Fp. 3: 6 a 14). Portanto, esses dois elementos de efeitos opostos, determinam nosso destino, não só em vida, mas principalmente na morte, quando chega o tempo do corpo voltar à terra (Gn. 3: 19). Jesus advertiu sobre a maneira pela qual devemos agir, para evoluir na luz ou acumular trevas. Ele mostrou que depende da maneira de avaliar e julgar aquilo que acontece ao nosso redor. Veja o texto:

“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” (Mt. 6: 22)

Devemos, então, nos esforçar para adotar modos de agir que nos aproximam da luz, ou que não acumulam trevas. É evidente que a evolução para a luz impõe muito mais esforço, coragem e decisão, porque exige que vivamos na obediência aos mandamentos do Senhor. É difícil ver com bons olhos muitas das coisas que acontecem ao nosso redor. Mas o Senhor mostrou que não é impossível. Através de uma cura, ele deixou a indicação, em sentido figurado, do que devemos fazer. A Bíblia relata que na aldeia de Betsaida trouxeram um cego para o Senhor curar, e a primeira coisa que Jesus fez, foi tirar aquele homem para fora da aldeia. A cegueira estava tão enraizada, que uma imposição de mãos de maneira especial, não resolveu satisfatoriamente, e somente com uma segunda imposição o homem voltou a enxergar de maneira clara. Uma vez curado, a recomendação de Jesus foi enfática. Veja o texto:

“E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.” (Mc. 8: 26).

O Senhor deixou claro que a cegueira daquele homem vinha da aldeia. Isso indica que o ambiente em que vivemos nos leva a formar opiniões, muitas vezes negativas, e ver as coisas com maus olhos, gerando trevas para nosso espírito. Possivelmente foi por isso que Jesus aconselhou a não julgar as coisas (Mt. 7: 1). Portanto, abster-se de julgar o que vemos, é uma das formas de evitar olhar com maus olhos, e atrair trevas. Também, o contrário acontece quando vivemos em ambiente saudável. A tendência é sermos influenciados a ver as coisas com bons olhos, e gerar luz em nosso espírito. A Escritura declara que Deus compensa a cada um segundo o fruto de suas obras (Jr. 17: 10). Portanto, quando ocupamos em atividades que beneficiam ao próximo, geramos frutos de alegria e bem estar, que, aos olhos de Deus, acumulam luz em nosso espirito, e o aproxima de Deus. Porém, para aquele que aceita ver tudo com maus olhos, as trevas acumulam cada vez mais, e eles se distanciam do Senhor. Esses jamais verão a alva, pois não se esforçaram para entrar no reino de Deus (Is. 8: 20 e Lc. 16:16). Portanto, abster-se de julgar as coisas que vemos, redunda em grandes benefícios para nosso espirito, pois evita que ele acumule trevas, nos afastando de Deus.

Que o senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza