“Alegremo-nos e exultemos, e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e sua esposa já se preparou, e foi-lhe permitido vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Pois o linho finíssimo são os atos da justiça dos santos.” (Ap. 19: 7-8).
Jesus veio ao mundo com o propósito principal de cumprir a sentença estabelecida por Deus, mediante a qual o homem deveria vencer o espírito da serpente para restaurar o reino espiritual da terra, perdido nos tempos do Éden por causa da desobediência (Gn. 3: 15b). Passando pela vida sem pecar, ele cumpriu essa sentença e por isso abriu a porta da salvação para todo aquele que nele crê (Mc. 16: 16). Esse foi o desafio imposto para o nosso retorno à comunhão com o Criador, e nenhum homem na terra o pôde vencer (Ap. 5: 3 a 6). O retorno à comunhão com Deus envolve a mudança de nosso senso crítico e leva à convicção da verdade. A igreja de Jesus, representada pela soma da fé formada no coração das pessoas, é o instrumento edificado para alcançar esse objetivo. Nos dias atuais ela caminha orientada pelo Espírito Santo mediante o ensino das Sagradas Escrituras (1 Jo. 2: 27).
O texto acima mostra o perfil dos que serão considerados dignos de participar das bodas do Cordeiro, ou seja, da união definitiva da igreja com Jesus. A igreja é prefigurada na imagem da noiva em preparativos para o casamento, e o dia das bodas chegará. Por isso, é importante que cada cristão busque o conhecimento da perfeita vontade do Senhor, pois seremos avaliados pelos atos de justiça que houvermos praticado. Formamos então um corpo onde cada membro deve funcionar harmonicamente (1 Co. 12: 27). Foi por essa razão que Jesus orou ao Pai diante dos discípulos pedindo a unidade espiritual entre os cristãos de todos os tempos. Eis o texto:
“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo. 17: 20-21).
O povo que tem como alvo as bodas do Cordeiro começou a ser preparado por João Batista, que, como precursor de Jesus, foi enviado para instituir o princípio de uma nova aliança para todas as pessoas que quer sinalizar para Deus o arrependimento de seus pecados. (Lc. 1: 15-16-17). Portanto, o arrependimento dos pecados é a base para pertencer verdadeiramente à igreja do Senhor, e fazer parte do santo caminho que tem por alvo nos conduzir até o grande encontro da noiva com o noivo.
Ao declarar que foi permitido à esposa do Cordeiro vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, o texto indica que haverá uma escolha, baseada na prática da justiça divina que cada um vivenciou aqui na terra. Por isso, a fidelidade no perfeito cumprimento de tudo o que Jesus ensinou através do evangelho tem extrema importância para nossa inclusão na festa das bodas. Provavelmente essa é uma das razões pelas quais o Senhor nos advertiu a priorizar a busca do reino de Deus e sua justiça (Mt. Mt. 6: 33).
Antes de Jesus, não tínhamos uma noção perfeita sobre qual seria a verdadeira riqueza do ser humano, pois não conhecíamos a nascente da vida. Mas vindo o Senhor a nós, a verdade foi revelada, e hoje sabemos que nosso tesouro não está na terra, e portanto devemos formá-lo no céu junto ao Deus que nos criou. Veja o que disse Jesus:
“mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam;” (Mt. 6: 20).
Nosso verdadeiro tesouro é a salvação e a certeza de que um dia, em vida espiritual, vamos poder estar incluídos entre os participantes da grande festa, ou seja, da união final de Jesus com a Igreja. Esse é um privilégio que não se pode comprar com o dinheiro. Mas, pode ser adquirido por ricos e pobres que se dedicam à prática da justiça divina.
Amigo, valorize as grandezas da salvação que Jesus conquistou para nós a preço de sangue inocente. As festas daqui da terra podem trazer gozo e alegria; mas nunca podem ser comparadas com aquilo que Deus tem guardado nos céus para o gozo espiritual daqueles que forem fiéis e perseverantes (Lc. 21: 19).
Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.