“Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas. ”(Dt. 18: 18-19).
As atrações pela as coisas que despertam desejos em nosso coração é a estratégia mais usada pelo mundo para impedir que as pessoas venham a ser salvas (Lc. 21: 34). Até mesmo quando nos dispomos a meditar na Palavra de Deus, nosso pensamento é facilmente atraído para desviar do alvo a que propomos. Isso acontece porque vivemos num mundo que teve no domínio exclusivo do diabo por milhares de anos (Lc. 4: 6), e como descendência da antiga serpente, nosso inimigo espiritual sabe enganar mais do que ninguém (Gn. 3: 1). Assim, devemos lutar contra tudo o que possa impedir nossa comunhão com Deus, mesmo quando temos um chamado Dele, para que não venhamos a deixar de lado avisos importantes que estão revelados nas Sagradas Escrituras.
Os versículos acima descritos reproduzem dois avisos importantes que Deus revelou através de Moisés. Eles se resumem em duas promessas, sendo que a primeira se refere ao envio de Jesus à terra (At. 3: 22); e já foi cumprida a mais de dois mil anos. A segunda é a prestação de contas que Deus vai pedir de cada pessoa que – de alguma forma – teve conhecimento da Palavra de Jesus. Essa ainda não se cumpriu, mas com certeza se cumprirá no dia do Juízo final.
Inúmeras pessoas tomam conhecimento dos ensinos de Jesus, mas atraídas pelas vantagens imediatas que o mundo oferece, preferem deixá-los de lado e gozar das coisas terrenas e efêmeras. Elas não acreditam que os olhos de Deus estão filmando e guardando todas as suas atitudes para serem exibidas diante delas na hora do último julgamento, quando será decidido se o espírito vai para a eternidade, ou se vai para a segunda morte no lago de fogo. Veja o que foi mostrado ao apóstolo João:
“Vi um grande trono branco e o que estava sentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e lugar nenhum foi achado para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; livros foram abertos, e foi aberto outro livro que é o da vida; e foram julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas nestes livros segundo as suas obras.” (Ap. 20: 11-12).
Em princípio todos os seres humanos são inscritos no memorial de Deus (Sl. 139: 16). Mas quando somos chamados pelo Senhor e convertemos ao evangelho de Jesus, nosso nome passa para o livro da vida (Lc. 10: 20). Isso quer dizer que estamos dando ouvidos às Palavras do Filho de Deus, e se morrermos fiéis a ele o diabo não pode nos tocar; os anjos do Senhor acolhe nosso espírito (I Jo. 5: 18 e Lc. 16: 22). Mas o mesmo não acontece com quem rejeitou ou não deu ouvidos às Palavras de Jesus. Sua existência continua no memorial de Deus, mas eles não são recolhidos e se tornam escravos do inferno (Lc. 16: 23). Lá ficarão até o dia do Juízo final, quando serão obrigados a se apresentar perante o trono de Deus, independente de querer ou não fazê-lo (Ap. 20: 13). É aí que Deus vai abrir todos os livros e julgar a cada um segundo suas obras (Ap. 20: 12). Esse será o dia do acerto de contas prometido na revelação dada a Moisés (Dt. 18: 19).
A Escritura diz que Deus fará um julgamento de mortos, considerando cada um segundo suas obras (Ap. 20: 12). Um julgamento envolve decisões que podem resultar em condenação ou absolvição. Portanto, no Juízo final ainda poderá haver salvação, visto que para Deus a morte não é o fim de nossa existência (Mc. 12: 26-27). O alcance de Suas misericórdias está acima de nossa razão. Examine o texto dessa promessa:
“E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar. ” (Joel 2: 32).
Deus vai chamar todos os mortos, e julgá-los pelas suas obras, mesmo aqueles que estiverem no inferno. Eles são os restantes. Portanto, poderá haver salvação mesmo para aqueles que já morreram e ainda estão em trevas.
Amigo, está escrito que a Palavra de Deus não volta vazia. Quer creia ou não a vida de cada pessoa está registrada nos livros de Deus, e chegará o dia em que cada uma dessas pessoas terá de dar contas do que fizeram com aquilo que Jesus deixou (Mt. 25: 14 a 30). Aí haverá uma decisão do altíssimo, a saber: ou a pessoa vai para a vida eterna, ou sofrerá a segunda morte, deixando de ser a imagem e semelhança de seu Criador (Ap. 20: 15).