Mensagem

Autoridade Espiritual(2)

MSG 363 DE 17/9/2013

    

         “… Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz” (Mt. 8: 8-9). 

As Escrituras Sagradas descrevem o mundo não só na dimensão física, mas também na espiritual. Na verdade, não podia ser diferente, porque Deus é Espírito, e nessa condição trouxe o mundo físico à existência, quando nada ainda existia (Hb. 11: 3). Em qualquer dessas dimensões o exercício da autoridade é concedido por Deus, de forma independente em cada uma delas (Jo. 19: 10-11). Porém, quando não possuímos conhecimento do mundo espiritual, temos a tendência de supervalorizar a autoridade do mundo físico. Foi com base na farsa dessa tendência que satanás tentou enganar Jesus, oferecendo autoridade sobre todos os reinos do mundo para que o Senhor prostrasse aos seus pés (Mt. 4: 8-9). Ele sabia que a maioria dos homens sonha com uma posição de destaque no mundo físico, porque normalmente nada sabe do mundo espiritual onde a autoridade é muito mais importante, já que lá está a fonte de todo poder e domínio sobre tudo que acontece aqui.

        Os versículos acima reproduzidos referem-se à resposta de um centurião romano que pediu a Jesus para curar seu servo de uma enfermidade (Mt. 8: 5-6). Como autoridade no mundo físico, o centurião demonstrou com perfeição a diferença existente entre os dois aspectos de poder que Deus nos concede. Ele deixou clara sua posição de autoridade no mundo físico, mas reconheceu que no mundo espiritual a autoridade era de Jesus.

        Na verdade, Deus criou o homem com esses dois princípios de autoridade, e o colocou como querubim da guarda, ungido para proteger. Essa unção representava poder espiritual (I Sm. 16: 11-12-13). Mas o homem a perdeu quando se rebelou contra o Criador (Ez. 28: 14-15-16).  Assim, antes da vinda de Jesus, o homem não tinha autoridade sobre os espíritos imundos, conforme pode ser deduzido nos textos contidos em Zacarias 3: 1-2-3 e Judas 1: 9. Mas Jesus a restaurou. Isso ficou demonstrado quando os primeiros discípulos foram enviados a evangelizar. Acostumados a respeitar espíritos demoníacos, eles ficaram surpresos com a autoridade espiritual que passaram a ter como portadores da Palavra de Jesus, e ao expressarem essa alegria, o Senhor fez uma importante revelação. Eis o texto:

        “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” (Lc. 10: 19).

       A concessão de autoridade espiritual que Jesus fez àqueles discípulos, não foi um fato isolado. Ela acompanha a todos os cristãos verdadeiros e fiéis, e é  um sinal na vida de quem obedece aos mandamentos do Senhor (Mc 16: 17).       Jesus deixou claro que seu objetivo era o de restaurar nossa autoridade espiritual, perdida em razão do pecado (Gn. 3: 23-24).  Ela é representada pela unção que Deus nos concede, e só pode ser gerada pela prática da obediência a Deus.

       Amigo, nossa autoridade espiritual foi restaurada por Jesus, e deve ser exercida pelos cristãos que não querem cair no pecado por omissão. Ela é um atributo que Deus concedeu ao homem desde o princípio do mundo, e havia sido perdida por causa da desobediência. Entretanto, para exercê-la é necessário que estejamos vivendo na prática do evangelho, na posição de servos do Senhor. Quando nos colocamos nessa postura Deus confirma nossas atitudes contra o inimigo. Veja o texto:

       “Assim diz Jeová, que te remiu e que te formou desde o ventre: Eu sou Jeová… que confirmo a palavra do meu servo, e cumpro o conselho dos meus mensageiros;…” (Is. 44: 24-26).


        O Senhor te abençoe e te guarde.