“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos..” (Ap. 19: 7-8).
A forma de tratamento entre Jesus e sua Igreja é vista simbolicamente como a esperança existente num casal de noivos, que, em preparativos, aguarda o dia do casamento. Isso começou com João Batista mediante a instituição do batismo nas águas (Lc. 1: 13 e 17; e 2 Co. 11: 2). Assim, da mesma maneira que chega o dia do casamento para os noivos, também chegará o dia em que os inúmeros grupos de cristãos, já preparados, serão levados ao encontro do Senhor (I Ts. 4: 16-17). Esse encontro, que se dará em dimensão espiritual, é descrito na Bíblia como sendo as bodas o Cordeiro.
Os versículos que transcrevemos acima relatam sobre a festa que acontecerá no dia do encontro de Jesus com os servos fiéis que formam a sua Igreja, tida como a noiva do Cordeiro. Não é estranho para nós o fato de que em festas importantes são estabelecidas regras de comportamento acerca da postura e das vestes de seus participantes. Da mesma forma - como vemos acima - nas bodas do Cordeiro não será diferente. O texto mostra que nela só entrará quem puder se vestir de linho branco, puro e fino. Até aí nada mal, se fosse uma opção. Mas não será tão simples como se pode pensar. Na dimensão espiritual esse tipo de vestes só é adquirido através das atitudes que tomamos em vida terrena, vistas por Deus como atos de justiça. O evangelho faz advertência a esse respeito. Veja o texto:
“Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma” (Hb. 10: 36-37-38).
Para ser considerado justo perante os olhos de Deus, precisamos viver pela fé, e perseverar sem retroceder, diante de qualquer coisa que possa acontecer em nossa vida, pois a fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que não estamos vendo (Hb. 11: 1). Olhando para o passado encontramos muitos exemplos de pessoas que usaram a fé, perseveraram e venceram (Hb. 11: 2 a 11). Portanto, mesmo com as dificuldades de nosso tempo, é possível praticar atos de justiça e alcançar o privilégio de entrar na festa das bodas do Cordeiro, no tempo em que o Senhor se unir à sua Igreja, mesmo porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt. 16: 18).
Tudo que precisamos para vencer e chegar lá, é ter a coragem de negar a nós mesmos e viver pela orientação do evangelho de Jesus, segundo o que nos ensina o Espírito Santo (I Jo. 2: 27). A infidelidade para com Deus, as atrações do mundo, bem como o medo de cumprir certos mandamentos que exigem maior desprendimento de nossa parte, tem impedido muitas pessoas de praticar a justiça divina, e vai levar muita gente a perder a oportunidade de adquirir as vestes espirituais para entrar na festa das bodas do Cordeiro.
Por isso, aqueles a quem foi concedida a divina tarefa de semear a Palavra de Deus, devem se empenhar na pregação da verdade, mesmo que momentaneamente ela desagrade aos ouvintes. Veja o que o apóstolo Paulo recomendou:
“prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, convence, repreende, exorta com toda a paciência e ensino. Pois virá tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina, mas desejosos de ouvir coisas agradáveis, cercar-se-ão de mestres segundo os seus desejos,” (2 Tm. 4: 2-3).
Isso está se cumprindo em nossos dias, e cabe a cada seguidor de Cristo ter a coragem de falar a verdade que o Espírito de Deus lhe trazer ao coração.
Amigo, é aqui – vivenciando a justiça de Deus - que adquirimos as vestes espirituais para fazer parte da Igreja que será aprovada como a noiva do Cordeiro. Lembre que a prostituição da santa Palavra leva a ser incluído no grupo formará a igreja não aprovada (Ap. 17: 5).