“Então os urubus começaram a descer sobre os animais mortos, mas Abrão os enxotava.” (Gn. 15: 11).
Muitas coisas acontecidas na dimensão do mundo físico no passado simbolizaram fatos que acontecem hoje no mundo espiritual. É a perfeição das obras de Deus, onde tudo se encaixa com exatidão, confirmando que Seus planos não podem ser frustrados (Jó 42: 2). A consciência disso pode nos ajudar muito na revelação da maneira pela qual se cumprem os projetos do Senhor em nossos dias, e nos levar a entender aquilo que Ele tem reservado para nós desde o princípio do mundo (Mt. 25: 34).
O versículo aqui reproduzido reporta à atitude de Abraão quando firmou aliança com Deus, através do sacrifício de animais (Gn. 15: 9-10). A continuação da leitura bíblica dessa passagem relata sobre o profundo sono, o pavor e as cerradas trevas que caíram sobre Abraão, quando os urubus começaram a tentar descer sobre os animais mortos e ofertados a Deus (Gn 15: 12). O pavor e as trevas que caíram naquele momento era a reação de satanás, quando viu que ali estava sendo firmado um pacto, onde Deus prometia multiplicar a descendência de Abraão, mesmo que isso parecesse impossível à visão humana (Gn. 15: 3).
A atitude de Abraão foi enxotar os urubus que, aproveitando o ambiente sombrio, ameaçavam tocar naquilo que estava sendo ofertado a Deus. Esse tipo de ambiente é muito comum quando se estabelece o poder das trevas ameaçando nos oprimir. Veja o que aconteceu na noite em que Jesus foi preso no monte das Oliveiras. Profundamente triste, o Senhor deixou os discípulos num determinado ponto e adiantou-se para orar (Mt. 26: 38-39). O ambiente naquele momento era tão sombrio, que um pesado sono abateu sobre os discípulos (Mt. 26: 40). A advertência de Jesus foi para que eles vigiassem e orassem para não entrar em tentação (Mt. 26: 4).
Os demônios que hoje infestam a vida humana foram simbolizados pelos urubus que desciam sobre o holocausto de Abraão. Portanto, os cristãos de hoje que não quer se tornar vítimas deles devem vigiar e orar como Jesus mandou. Mas se ainda assim eles entrarem, a atitude necessária é enxotá-los de nossa vida, em nome do Senhor. Veja o texto:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Mc. 16: 17-18).
Os sinais de operação do poder divino podem se manifestar através de todos os que crerem. Porém, um detalhe significativo é notado quando se trata de expelir demônios. Jesus concedeu autoridade espiritual aos seus discípulos sobre todo o poder do inimigo, e nós estamos incluídos nessa concessão como discípulos dos dias atuais (Lc. 10: 19 e Jo. 8: 31-32). Portanto, não basta apenas repreender. É necessário que, como discípulos, os expulsemos. Evitar a prática dessa autoridade pode levar o cristão ao enfraquecimento, por pecado de omissão. Essa é a razão pela qual muitas vezes se ora repreendendo um tipo de mal e não tem resposta.
Amigo, da mesma forma que Abraão expulsou os urubus que ameaçavam o holocausto da aliança com Deus, nós hoje temos o direito de expulsar os urubus espirituais que tentam tornar inócua a aliança com Jesus. Portanto, se você crê nas Palavras de Jesus, não temas em ordenar sobre o mal que te afronta. Ao fazer isso você está mostrando para o Senhor, em linguagem espiritual, que o sacrifício dele por você não foi em vão.
O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça resplandecer a luz do seu rosto sobre ti e te dê a paz.