“Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu. ”(At. 16: 18).
Pouca gente tem a verdadeira noção da força que pode existir em nossas palavras quando vivemos com fidelidade aos mandamentos de Jesus. A maioria das pessoas não avalia a diferença que existe entre a palavra do homem comum e a do homem que vive pela fé. Isso indica que poucos exercem o direito de ser semelhante a Deus. Por duvidar da verdade desprezamos o direito que nos foi concedido de poder dar ordens sobre as coisas e vê-las sendo cumpridas (Mt. 8: 26). Isso impede de vivermos com autoridade sobre as coisas que Deus criou para nos servir, e de sermos alcançados pela promessa estabelecida para aqueles que dão ouvidos ao Senhor, ou seja, de passar a ser vencedor e não vencido; cabeça e não rabo (Dt. 28: 13).
Em certa ocasião, Jesus muito se alegrou ao perceber que mesmo em meio a um mundo conturbado e afundado nas amarguras, havia um homem que acreditava nessa verdade (Veja Mt. 8: 8). Jesus mostrou também que, para aquele que crê, é perfeitamente possível ordenar sobre toda a obra da criação, quer seja coisa física ou espiritual, e essa obedecer (Mc. 11: 14 e 20 a 23).
O versículo acima reproduzido relata a atitude do apóstolo Paulo sobre o demônio que agia em uma mulher na cidade de Filipos. Tentando enganar Paulo e os que estavam com ele, aquele espírito imundo até os ajudava a evangelizar, gritando ao povo que aqueles homens eram servos de Deus. Mas fora dali ele se manifestava naquela mulher como adivinhador, gerando lucros desonestos para algumas pessoas (At. 16: 16-17).
A função de enganador é a característica mais comum nas ações do diabo, pois ele é o descendente da serpente e herdou dela esse instinto. Mas suas armadilhas são reveladas quando somos ungidos do Senhor, pois o Espírito Santo nos guia na verdade, inspirando em nosso coração as atitudes que devemos tomar (Jo. 16: 13). Veja a atitude de Paulo. Ele não se dirigiu à mulher; mas ao espírito que estava nela, e esse teve de sair na hora. Essa maneira de agir demonstrou que nossa luta não deve ser contra as pessoas, mas contra os espíritos imundos que nelas atuam. Deixou claro também a diferença que existe entre quem serve a Deus e quem não serve. Aliás, mostrar essa diferença é uma promessa do Senhor. Eis o texto:
“Então voltarei e discernirei entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve.” (Ml. 3: 18).
Portanto amigos, meditem nisso: fomos criados a imagem e semelhança de Deus, e Ele confirma as palavras que saem de nossa boca, quando nos colocamos como servos, vivendo com fidelidade aos Seus mandamentos. Veja o texto:
“Assim diz o SENHOR, ... Eu sou o SENHOR, que faço todas as coisas, ... que confirmo a palavra do meu servo e cumpro o conselho dos meus mensageiros; ...” (Is. 44: 24-26).
Essa é a razão de Jesus afirmar que tudo o que ligarmos na terra será ligado nos céus (Mt. 18:18). Porém, para que essa promessa se torne em realidade e necessário que venhamos a viver pela fé, e procurar tomar atitudes certas.