Armas espirituais

MSG 305 = 29/8/2012

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,” (2 Co. 10: 4-5).

Uma das piores coisas que o cristão pode fazer é admitir a possibilidade de praticar os mandamentos do Senhor apenas através da sabedoria humana. O Apostolo Paulo profetizou a esse respeito, e infelizmente isso acontece muito em nossos dias (2 Tm. 4: 3). Essa atitude é uma triste indicação de desprezo aos objetivos do Espírito Santo, pois está escrito que é Ele quem nos guia em toda a verdade. Jesus ensinou que o Espírito Santo não só nos declara tudo o que ouve diante do Pai, como também anuncia o que está no futuro (Jo. 16: 13). Em nossos dias, a ação do Espírito Santo é uma realidade, e indica que, quando vivemos na prática da Palavra do Senhor, nossos atos e decisões têm o respaldo no poder de Deus. Tudo o que as Escrituras Sagradas pedem de nós para que isso aconteça, é que andemos pelo Espírito, deixando para trás os desejos de nosso eu, vistos como a cobiça pelas coisas carnais (Gl. 5: 16). Portanto, a força de nossos atos, decisões, ou palavras tem um efeito poderoso quando nos tornamos discípulos fiéis de Jesus (Jo.8: 31-32).

Essa é a razão pela qual os versículos acima reproduzidos consideram o viver pelo Espírito como armas poderosas, capaz de derrubar verdadeiras fortalezas que se levantam contra a verdade. Nos dias atuais, tudo indica que estamos muito perto do tempo da grande tribulação, e por isso temos uma forte necessidade de aperfeiçoar cada vez mais nossas armas de combate espiritual, mesmo porque a santa Palavra manda que assim devamos fazer. Eis o texto:

“Tomai o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, com toda a oração e súplica orando em todo o tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos,” (Ef. 6: 17-18).

A Palavra de Deus, quando guardada em nossos corações, equivale à espada de nosso combate no mundo espiritual. Portanto, ela é a arma com a qual nos defendemos quando somos atacados pelo inimigo. Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, e estando consagrado com quarenta dias de jejum, usou dessa arma na hora da tentação, rebatendo todas as propostas do diabo com a Palavra de Deus contida nas Escrituras, até cessar a tentação (Lc. 4: 2 a 13). É bom observar que ele tinha poder suficiente para mandar satanás embora sem citar os evangelhos, até porque havia saído recentemente do batismo nas águas, confirmado em voz audível como o Filho de Deus, e estava cheio do Espírito Santo (Lc. 4: 1 e Mt. 3: 17). Mas ele preferiu responder com a Palavra de Deus, para nos ensinar que ela é a arma de nosso combate.

Por isso, se quisermos vencer as investidas do inimigo, o caminho mais correto é tomar como modelo em nossas orações atitude semelhante à que Jesus tomou, usando os textos bíblicos apropriados para cada situação. Mas é bom não esquecer que para proceder dessa forma, precisamos buscar o sentido do texto apropriado, meditando nele com profundidade, para que o Espírito Santo revele em nosso coração qual seja a boa e agradável vontade de Deus (Rm. 12: 2).

Amigo, não se iluda. O reino de Deus não é tomado pela sabedoria humana; mas pelo esforço de cada cristão (Mt. 11: 12). Procure trazer a Palavra do Senhor bem viva em seu coração, para usá-la como uma espada afiada quando o mal te aparecer. Veja o texto: “Pois a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e que penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e pronta para discernir as disposições e pensamentos do coração. ” (Hb. 4: 12).

Que o Senhor nosso Deus possa falar melhor ao seu coração.