ALIANÇA COM DEUS

MSG 941 de 18/10/2023

Centenas de anos antes da vinda de Jesus, Deus já preparava o mundo para estabelecer uma Nova Aliança de Salvação, em bases diferentes da que existia no tempo da lei de Moisés. Naquele tempo as pessoas obedeciam a lei, mas não tinham um coração convertido. Elas cumpriam a lei, independente do desejo do seu coração, e por isso era muito frequente desobedecer e quebrar a aliança, já que a natureza humana traz em si mesmo a capa do pecado, herdada de Adão (Gn. 3: 21). Por isso, tínhamos que evoluir na busca da perfeição para aproximar do criador (Mt. 5: 48). O caminho, então, era estabelecer um novo sistema de relacionamento mais aperfeiçoado, onde as pessoas decidissem por seu livre arbítrio, de forma que, uma vez tocadas no espírito, seu próprio sentimento a faria obedecer a vontade de Deus. Veja o que o Senhor disse através do profeta. Eis o texto:

“... esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” (Jr. 31: 33).

Referindo-se a ”depois daqueles dias”, o Senhor aponta para o estabelecimento do Reino de Deus nos ares da terra, e a vinda de Jesus, anunciando o evangelho, como sendo as novas bases de nossa comunhão com Deus (Lc. 3: 9 e Ef. 1: 3). Mas para que essas novas bases fossem implantadas, Deus mandou Isaías profetizar, estabelecendo o bloqueio de nosso entendimento, a fim de que só pudesse entender Sua vontade aquele que fosse chamado (Mt. 13: 14). Essa é a razão pela qual o verdadeiro seguidor de Jesus, é aquele que foi chamado pelo toque do Espírito Santo. Ele obedece pelo sentimento do coração e não por força nem por violência (Zc. 4: 6). Assim, na aliança cristã para a salvação, só entra quem for chamado através da ação do Espírito Santo. É o que Jesus chamou de novo nascimento (Jo. 3: 3 e Jo. 6: 44). Esses, conservam a si mesmos, porque o Espírito de Deus deixa neles um potencial de unção para entendimento da vontade do Senhor, competindo a cada um multiplicar o que recebeu (Mt. 25: 14). Veja o texto:

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I Jo. 5: 18).

Em nossos dias, os templos cristãos estão cheios de pessoas que aceitaram a Jesus, mas ainda não receberam o toque do Espírito Santo, ou seja, o novo nascimento que muda a maneira de pensar. Isso acontece, porque os cristãos chamados foram misturados com os não chamados, desde o segundo século. Por ser autoridade poderosa da época, o rei Constantino misturou muitas religiões pagãs no meio dos verdadeiros cristãos, e isto permanece até hoje. Mas, na verdade, o cristão que não tem a chamada de Deus, não alcança a salvação (Mt. 7: 22-23). Há necessidade de que os líderes cristãos atentem para o fato de que, na evangelização, a primeira abordagem é a decisão de aceitar a Jesus, seguindo-se a isso o ensino correto do conhecimento do evangelho, pois é através desse conhecimento que a pessoa adquire o sentimento de um coração reto para com Jesus, para ser alcançada pelo Espírito Santo (Jo. 8. 31-32 e At. 8: 20-21). Portanto, amigos, não se enganem. O cristão que não alcança uma aliança com Deus, não é salvo (Jo. 3: 3).

Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza