Advertências de Jesus (2)

     “Tendes ouvido que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te dá na face direita, volta-lhe também a outra; ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; ” (Mt. 5: 38-39-40). 

       Nosso sentimento contra aqueles que nos agridem é a vontade de reagir na mesma intensidade, cobrando aquilo que nos fazem de mal. Esse tipo de sentimento é aprovado pela sociedade, mas é uma forma de resolver as coisas entre nós aqui na terra, sem esperar pela justiça divina. No momento que o praticamos, estamos demonstrando para Deus que não acreditamos na justiça que vem Dele. Por isso, quando nos consideramos servos do Senhor, devemos deixar para que Ele faça a cobrança e execute na justa medida se for o caso (Hb. 10: 30). Essa foi a razão que levou Jesus a nos ensinar a não resistir ao homem mau. Ele sabia que todas as pessoas, mais cedo ou mais tarde, hão de prestar contas ao Senhor dos céus e da terra (Dt. 18: 19).

       Os versículos acima reproduzidos dizem respeito às advertências do Senhor nesse sentido. Jesus sabia que os conflitos entre as pessoas são provocados pelo diabo e formam verdadeiros laços usados para levar almas ao inferno. Portanto, frustramos os planos satânicos quando deixamos de resistir às afrontas ou provocações. As pessoas que não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus, certamente pensam que o ofensor levou vantagem ao ficar aparentemente sem punição. Mas isso não é verdade. Perante Deus e no tempo de Deus ele vai pagar através dos acontecimentos que ocorrem em sua vida (Gl. 6: 7).  Assim, as pessoas que hoje desconsideram a Deus e praticam a maldade e a injustiça, de alguma forma acabam sendo cobradas pela lei divina. Por outro lado, agradamos a Deus quando somos afrontados e, por obediência à Santa Palavra, não resistimos.

       Muitos dos mandamentos de Jesus são difíceis de cumprir, mas o sacrifício vale à pena. Os efeitos são maravilhosos em nossa vida espiritual. Veja o que ele disse:

       “Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve a minha palavra e crê aquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entra em juízo, pelo contrário já passou da morte para a vida. ” (Jo. 5: 24).  

       O cristão fiel pode até ser desprezado pelas pessoas em vida terrena, mas é honrado no céu (Is. 53: 3 e 5). O que vemos muito em nossos dias é o inverso. Satanás tem levado milhões de pessoas a crer que é melhor ser rico e honrado na terra. É muito grande o número daquelas que ajuntam tesouros na terra, e deixam de lado as advertências de Jesus, esquecendo que tudo aqui é passageiro (Mt. 6: 19 a 21). O que lamentavelmente acontece com essas pessoas – segundo a  Palavra de Jesus – é que após a morte elas descobrem que passaram de uma vida rica e contável, para uma existência pobre e miserável (Lc. 16: 19 a 23 e Ap. 3: 17-18).

 
       Por isso, é de extrema importância que cada cristão ciente de sua responsabilidade, contribua de alguma forma para conscientizar as pessoas que ainda estão em tempo de ser despertadas para a verdade, a fim de que elas busquem ao Senhor enquanto se pode achar (Is. 55: 6-7).  

       A cada dia o mundo oferece mais deleites e mais atrações especialmente planejadas para atrair as pessoas e fazê-las descrer ou desinteressar de se construir um futuro melhor do outro lado da vida. Por isso, devemos insistir a todo tempo a fim de despertar essas pessoas que enganosamente pensam que a vida termina aqui. Veja o que Jesus mandou fazer:

      “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. ” (Mt. 28: 19-20). 

   
       Amigo, pregue a Palavra, insta a tempo e fora de tempo com paciência e ensino, pois já estamos num tempo em que muitos homens, desejosos de ouvir coisas agradáveis, não têm suportado a sã doutrina (2 Tm. 4: 2-3). Se você faz parte do povo que é propriedade exclusiva do Senhor, se empenhe na divina tarefa de proclamar libertação aos cativos (I Pe. 2: 9).

       Que o Senhor te abençoe e te guarde.