UNÇÃO DE DEUS

MSG 876 = 31/05/2022

A capacidade espiritual que existe em cada pessoa é o fator que realmente indica seu valor. Isso ficou demonstrado quando o profeta Samuel foi na casa de Jessé para ungir um de seus filhos como futuro rei de Israel (I Sm. 16: 6-7). Entretanto, não conseguimos perceber essa forma de distinção com facilidade, pois ela está oculta aos olhos físicos, e por isso, tendemos a julgar as pessoas pela aparência. Essa capacidade é a unção de Deus que existe em cada ser humano (Ez. 28: 14). Ela é herdada de nossos ancestrais, e se desenvolve na medida em que obedecemos a vontade do Senhor (Ex. 20: 4-5-6). No mundo oculto é a nossa identidade, ou seja, somos respeitados ou não, segundo o grau de unção que os outros seres espirituais ver em nós (At. 19: 13 a 16). Ela é também o talento que o Espírito Santo nos concede, quando somos chamados para deixar os costumes mundanos, e tomar o caminho da salvação (Mt.25: 14-15). O Senhor não faz acepção de pessoas, mas considera os pecados que carregamos, em decorrência daquilo que nossos pais fizeram. Por isso, nesse processo de chamamento, exigido para se entrar na graça de Deus, uns recebem mais unção e outros recebem menos. Veja como Jesus mostrou isso, através de parábolas sobre o reino de Deus. Eis o texto:

“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, ...” (Mt. 25: 14-15).

Quando o texto diz sobre a capacidade levada em conta para receber maior ou menor números de talentos, ele se refere ao comportamento de nossos ancestrais influenciando sobre nós, ou seja, Deus está cumprindo o que prometeu lá no segundo mandamento dado a Moisés (Ex. 20: 4-5).

O resultado desse critério usado pelo Senhor, é a geração de cristãos com unção diferenciada, ou seja, muitos fracos na fé por terem recebido um menor numero de talentos, e poucos que receberam maior quantidade, ou seja, cinco talentos, conforme explicou Jesus na parábola. Por isso, aquele que recebeu maior unção, e entende com facilidade a Palavra do Senhor, deve se esforçar para edificar o conhecimento de Deus naqueles que estão mais fracos, conforme Jesus mandou (Mt. 28: 19-20). Veja o que disse o apóstolo Paulo. Eis o texto:

“Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um ... agrade ao seu próximo no que é bom para edificação” (Rm. 15: 1-2).

Isso quer dizer que a unção de Deus (autoridade espiritual), não é dada para uso em interesses particulares, mas para ajudar o próximo a subir nos degraus da escada que leva a Deus (Gn. 28: 12 a 14). Em nossos dias, poucos têm feito isso. A grande maioria, quando sente que tem a unção de Deus em maior grau, acaba deixando se levar pelos interesses particulares, aproveitando para alcançar boas posições na sociedade, através de prestígio ou dinheiro, sem levar em conta os riscos que correm aqueles que não têm um bom conteúdo do evangelho no coração (I Co. 3: 10 a 15). Portanto, amigo, a unção de Deus em nós, é para ajudar os fracos a chegar ao conhecimento de Deus (Os. 6: 6-7).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza