Mensagem

A vontade de Deus

MSG 303 = 15/8/2012

               Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação. ” (2 Re. 5: 12).   

      
      Se quisermos viver como servos do Senhor, devemos reconhecer que existe uma grande diferença entre o tratar com Deus e o tratar com os homens, por mais importante que seja a posição humana que esses exerçam.  A justiça divina vê todos os homens com igualdade, e cada um recebe respostas segundo as suas obras (Jr.17: 10). Por isso, devemos dedicar atenção especial, ao Criador dos céus e da terra, pois Ele é o Supremo Senhor de tudo o que existe. Isso deixa claro que quando tratamos com Deus a coisa é muito mais séria, pois não existe outro em posição igual (Is. 46: 9). O desconhecimento desse princípio – ou a falta de sua prática – é considerado desobediência para com o Senhor, e tem levado muitos a serem subjugados obrigatoriamente aos mais diversos castigos. Um exemplo disso aconteceu com Nabucodonosor, rei da Babilônia, um dos mais fortes reinados que já existiu no mundo, por volta do ano 1120 a.C.. Ele recebia avisos de Deus através de sonhos, e foi alertado de que sua conduta estava desagradando a Deus. Mas não cuidou de corrigir suas atitudes injustas e reconhecer que Deus estava acima de tudo. De uma hora para outra virou bicho e foi obrigado a deixar o luxo da casa real e pastar com os animais durante um longo tempo (Dn. 4: 32).  Diante desse e de muitos outros fatos semelhantes que ocorreram ao longo dos tempos, ficou claro que o ser humano deve reconhecer a soberania de Deus e respeitá-la de modo especial.

       O versículo acima transcrito é parte de um relato bíblico mais ou menos semelhante a esse, e aconteceu com Naamã, tido em sua época como um honrado e valoroso General do império Sírio. Ele se aproximava da casa do profeta Elizeu para ser curado de lepra. Ao invés de recebê-lo com honrarias, o profeta apenas mandou dizer para ele que se dirigisse ao rio Jordão, e ali mergulhasse por sete vezes. Mas por achar que isso era um tratamento humilhante para um General de sua estirpe, Naamã se revoltou, e ameaçou regressar para a Síria sem obedecer ao recado que Deus mandara através do profeta. Mas deu sorte. Aceitando a ponderação de um de seus Oficiais resolveu fazer o que foi determinado, e qual não foi sua surpresa ao constatar que depois do sétimo mergulho a lepra foi totalmente curada, e sua pele ficou alva com a de um bebê (2 Re. 5: 14).


       As Escrituras registram esses e outros fatos para nos demonstrar a maneira pela qual Deus trabalha em nossas vidas, muitas vezes de forma totalmente diferente daquilo que queremos ou julgamos estar certo. Por isso, aquele que precisa receber de Deus alguma coisa, deve levar em conta a imperiosa necessidade de estar disposto a abrir mão de sua vontade e obedecer a vontade do Senhor. Como legítimo portador da vontade do Pai, Jesus nos advertiu nesse sentido. Veja o texto:

       Chamando a si a multidão com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. ” (Mc. 8: 34)

    Devemos entender que abrir mão de nossa vontade para fazer a de Deus representa uma expressão de fé e obediência, especialmente quando há uma grande divergência entre aquilo que o Senhor manda fazer e o que pensamos estar certo.

       Amigo, se você conhece a vontade de Deus através das Sagradas Escrituras, busque priorizá-la em suas decisões, ainda que haja grandes divergências daquilo que você julga ser o certo.  Lembra que Ele cuida de nossos interesses visando o melhor para nós na vida terrena e na vida eterna, e por isso os caminhos dele são mais altos que os nossos caminhos (Isaías 55: 8-9).


       Que o Senhor te abençoe e te guarde.