Mensagem

VISÃO ESPIRITUAL & SACRIFICIO

MSG 823/2021

     
     As Escrituras mostram que, na medida em que aproximamos de Deus, recuperamos nossa verdadeira capacidade espiritual, através da obediência de Sua vontade. Isso é visível quando observamos os fatos que ocorreram entre o profeta Elizeu e seu servente Geazi. Elizeu tinha a visão espiritual de todas as estratégias de guerra que o rei da Síria planejava contra o exército de Israel, e informava a esse todos os planos secretos do inimigo. Sabedor disso, o rei da Síria mandou forças militares cercar o local onde o Profeta estava. Geazi, o servente de Elizeu, levantou de manhã e vendo que as forças do inimigo os cercavam, temeu muito, e deu conhecimento ao Profeta, que o respondeu com as seguintes palavras:

       “Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.” (2 Re. 6: 16).

       Elizeu orou, e pediu ao Senhor que mostrasse ao seu moço a proteção espiritual que eles tinham.  Deus abriu os olhos espirituais de Geazi, e esse viu que eles estavam protegidos por inúmeros cavalos de fogo (2 Re. 6: 17). Obviamente a conclusão é a de que o profeta, ungido pelo Espírito Santo, tinha a visão do mundo espiritual; mas seu auxiliar, como incrédulo, nada percebia. Isso deixa claro que a comunhão com o Senhor nos leva à percepção do mundo espiritual. Com toda a certeza, é por isso que Jesus nos manda a buscar a perfeição (Mt. 5: 48). As Escrituras mostram que antes do pecado o homem era perfeito, e tinha a unção de Deus, mas perdeu quando começou a praticar iniquidades (Ez. 28: 14-15). Portanto, devemos fugir daqueles que querem nos manter cegos do espírito, pois a partir da vitória de Jesus, o caminho certo para quem quer ser abençoado é adorar a Deus, não por vistas, mas em espírito e em verdade (Jo. 4: 23-24).  Isso significa que devemos viver pela fé, crendo que vamos receber aquilo que não estamos vendo, mas que é promessa de Deus. Veja o texto:

       “Pois ainda em bem pouco tempo Aquele que há de vir, virá, e não tardará; Mas o meu justo viverá da fé, E se ele recuar, nele não tem prazer a minha alma” (Hb. 10: 37-38).

       Em nosso tempo, o cenário espiritual não inclui mais um altar com sacerdotes terrenos, oferecendo sacrifícios para cobertura de nossos pecados. Jesus fez o único e perfeito sacrifício por nós, e ele é o Sacerdote a quem devemos obedecer (Sl. 110: 4). Portanto, o que se chama de altar em nosso tempo é apenas uma elevação adequada, à qual devemos respeitar pelo fato de se destinar à pregação e ensino da Palavra de Deus (Ex. 3: 5). Isso quer dizer que não tem a mesma conotação do altar do tempo de Moisés, mesmo porque esse era considerado por Deus como sombra das coisas futuras (Hb. 10: 1 a 4). Portanto, o sacrifício que o Senhor nos pede hoje é o esforço que devemos fazer para obedecer a Jesus (Lc. 16: 16). Esse sacrifício tem caráter espiritual, e é muito mais difícil que o antigo, pois ele exige que venhamos a negar os desejos de nosso coração, e viver de acordo com os mandamentos do evangelho (Mc. 8: 34-35).

       Portanto, irmão, quem faz o sacrifício do tempo de Moisés, nega a Jesus, e retorna seu desenvolvimento espiritual a mais de dois mil anos atrás. Cristo já nos resgatou das regras da Lei. Assim, viver segundo seus mandamentos representa um sacrifício maior, mas nos leva à salvação (Mc. 16: 15-16). Por isso, não se engane pensando que os grandes sacrifícios de bens materiais vão ter validade diante de Deus (Jr. 7: 23). 
 
       Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                                                     Natanael de Souza