Mensagem

A tentação

MSG 063 = 13/03/2008

       “Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná. ” (Nu. 11:5-6).

      Esses versículos relatam a murmuração dos judeus quando caminhavam pelo deserto em busca da terra prometida. Eles haviam presenciado o poder de Deus por várias vezes operando milagres. Mas ainda assim murmuravam diante do sacrifício que deveriam fazer para atingir o alvo proposto. Isso deixa claro que a influência espiritual do inimigo operava sobre muitos deles, bloqueando a visão de um futuro abençoado, e levando-os a preferir voltar para o cativeiro. A estratégia do maligno, em fazer eles lembrar do que ficou para trás, visava tentar impedir que muitos deles alcançassem a benção prometida, e voltassem a comer das migalhas que recebiam no cativeiro.   Observe que a caminhada daquele povo estava embaixo da unção de Deus, e mesmo assim foram influenciados pelo mal. A brecha para a entrada do inimigo foi a falta de fé.

      Queremos mostrar aqui a semelhança entre a caminhada dos judeus no deserto, e a dos cristãos de hoje para alcançarem a salvação. A vida dos verdadeiros cristãos passa por um deserto espiritual tão desafiador quanto aquele que os judeus tiveram de enfrentar no tempo de Moisés.

      Com o sacrifício do calvário o Senhor Jesus conquistou para nós o direito da salvação. Mas não nos eximiu dos desafios de cumprir os mandamentos da lei divina (Veja Mt. 5: 17). Isso mostra que da mesma forma que os judeus dependiam da misericórdia de Deus para guiar-lhes pelo deserto (Veja Ex. 13: 21), também nós hoje dependemos do Espírito de Deus para nos conduzir nos caminhos da salvação (Veja Jo. 16: 13).

      Atentando para os fatos que aconteceram com muitos daqueles judeus, devemos precaver contra as investidas do inimigo. É necessário buscar o alvo sem olhar para o nosso passado, a fim de que não deixemos brechas para as forças do mal. Vejam que Deus não permitiu a entrada de nenhum dos judeus murmuradores na terra da promessa (Nu. 14: 22-23).

      O inimigo que atua hoje é o mesmo daquela época, e detentor das mesmas astúcias. Da mesma maneira que levou a maioria dos judeus a perder a terra da promessa, e ficarem enterrados no deserto, também tenta levar muito dos cristãos a perder a salvação.

      Portanto, se você está lutando no deserto da vida em busca das promessas do Senhor Jesus, nunca tire os olhos do alvo. Procure não desejar mais as “cebolas” e “alhos” do Egito que ficaram para trás. Acredite que pela fé você tem certeza daquilo que espera (Hb. 11: 1), e que, perseverando nela, terá uma ceia com o Senhor (Ap. 3: 20), ao invés das migalhas do inimigo.

      A arma do inimigo é a tentação. Mas a nossa é a prudência. Veja a advertência de Jesus:

      “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt. 26: 41).
 
 
Que o Senhor te abençoe abundantemente