Mensagem

A Porta da Salvação

MSG 445 DE 20/5/2015

  Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” (Jo. 10: 10). 

   
        Perdemos a comunhão com Deus desde o princípio do mundo, quando Adão e Eva contraíram a natureza do pecado. Mas chegou o tempo em que a misericórdia do Senhor se fez presente, e Ele enviou Seu próprio filho para nos resgatar das trevas espirituais e retornar à perfeita comunhão com Deus (Gn. 12: 1-2-3). O retorno completo à essa comunhão representa a salvação de cada pessoa. Entretanto, Jesus advertiu de que esse alvo só poderá ser alcançado por aqueles que apresentarem um coração limpo (Mt. 5: 8). No passado, a maior barreira que nos impedia de alcançar a salvação, era o desafio de vencer o inimigo de nossas almas para restaurar o reino espiritual do mundo, usurpado nos tempos do Éden (Gn. 3: 15b). Nenhum homem conseguiu, já que esse desafio representava passar pela vida em total obediência a Deus, sem pecar e sem ser enganado pelo espírito satânico (Ap. 5: 4). Essa foi a razão pela qual Deus enviou Seu Filho Jesus, que vivendo em forma humana, mas com plena visão do mundo espiritual, venceu o desafio proposto. 


     O versículo que acima transcrevemos relata sobre a revelação de Jesus, se declarando como a porta de entrada para a salvação. Ele tinha plena consciência de que ninguém conseguiu passar pelo inimigo para vencer o desafio imposto por Deus. Portanto, a cruz de Jesus foi única e específica, pois ela não era apenas um pedaço de madeira; seu real sentido estava no desafio que, uma vez vencido, abriria a porta da salvação para todos os homens arrependidos de seus pecados.


      Isso quer dizer que Jesus não teve pecados, mas foi crucificado por causa dos nossos. Sua vitória abriu a porta da salvação que estava fechada para os seres humanos, por não terem condições de vencer o desafio imposto pelo Criador. Portanto, a porta para alcançar a salvação está aberta e ninguém pode fechar (Ap. 3: 7). Isso quer dizer que satanás jamais pode impedir a salvação de alguém que se esforça para viver em fidelidade e perseverança nos mandamentos do Senhor (Mt. 11: 12). Jesus já pagou o preço por nós, consumando seu sacrifício (Jo. 19: 30).  Mas cada pessoa que quiser se salvar, ou entrar por essa porta, deve cumprir a sua parte, vivendo na prática do evangelho, isto é, tomando o Senhor como modelo de santidade. Veja o que ele disse:


      “Chamando a si a multidão com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mc. 8: 34).


       Observe um detalhe contido nesse texto. Jesus não disse que todos poderiam seguir a ele. Mas aquele quiser, tem de estar disposto a negar a sua própria vontade, e carregar sua própria cruz. Portanto, nesse texto estão implícitas as condições impostas para que alguém entre pela porta da salvação.  A vitória de Jesus não teve por objetivo levar para o céu pecadores reincidentes, mas aqueles que por seu esforço conquistam o direito à salvação (Hb. 6: 4-5-6).
  
        
       No texto base que transcrevemos acima, Jesus se coloca como a porta. Portanto, prefiguradamente, os seres humanos vivem diante de duas portas, e todos têm que optar. Uma delas é a porta do mundo, onde não se cogita do temor de Deus, e o pecado é tido como forma natural de viver; outra é a porta onde devemos negar nossa própria vontade para viver de acordo com a vontade do Deus. Jesus, então, prevendo as dificuldades do futuro de nossa alma, aponta a direção certa. Veja o texto:



       Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mt. 7: 13-14).


       Amigo, a vida em estado espiritual depois da morte é uma realidade mostrada por Jesus (Lc. 16: 19 a 25). Existem os que morrem e são acolhidos por Deus; e os que os que são recolhidos pelo inferno (Ap. 6: 8). Portanto, o destino do homem depois que morre, depende do que ele fez aqui, em relação à obediência a Deus. Não se deixe enganar, nós colhemos o que plantamos (Gl. 6: 7).


       Que o Senhor te abençoe e te guarde.