Mensagem

PARA AONDE VÃO SEUS DÍZIMOS ?

MSG 627 = 15/01/2019

A verdadeira igreja de Jesus é edificada pela fé, e se forma no coração de cada cristão. Ela não se restringe a denominações, nem a espaços físicos, e caminha para o cumprimento da promessa de Deus contida em Jeremias Jr. 31: 33. É a preparação da noiva, que no fim dos tempos haverá de se unir ao noivo, na festa das bodas do Cordeiro (Lc. 1: 17 e Ap. 19:7).

       Por isso, é importante que o seguidor de Jesus seja participante nessa obra de edificação, praticando atos de justiça, a fim de que venha receber vestes espirituais de linho fino branco e puro no dia da festa do Senhor (Ap. 19: 8). Essa é uma das razões pelas quais devemos agradar a Deus, oferecendo meios para a edificação de Sua obra, como é o caso dos dízimos. É bem verdade que nós cristãos não estamos sujeitos à Lei de Moisés, que usava os dízimos para o sustento dos sacerdotes. Porém, fazemos algo muito maior, quando ofertamos nossos dízimos com o propósito de ver realizada a obra de Deus, em favor da qual Jesus se despojou de sua própria vida na terra, e se tornou sacerdote eterno (Hb. 6: 20).  

       A nobre atitude de ofertar a Deus, vem do princípio da criação. Tudo indica que foi plano do Senhor colocar no coração de Abel e Caim agradá-Lo com as primícias de suas rendas, a fim de que fosse mostrado, pela eternidade, que Deus pode agradar ou desagradar de nossas ofertas, dependendo de nossa dedicação (Gn. 4: 3-4-5). O tipo de oferta que aqui tratamos, passou a se chamar dízimos a partir da decisão de Abraão em dar dez por cento do despojo da guerra dos três reis, a Melquisedeque, por ser esse sacerdote do Deus Altíssimo, e vir abençoá-lo trazendo pão e vinho, que, naquela época – centenas de anos antes – já simbolizava o sacerdócio de Jesus (Gn. 14: 18-19-20).     


    As Escrituras mostram que Jesus é o sacerdote eterno da humanidade, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl. 110: 4 e Hb. 5: 6). Por isso, o cristão, mirando nos méritos de Jesus no calvário, deve fazer sua parte na edificação da obra estabelecida por ele. Isso quer dizer que, se queremos ser abençoados como filhos de Abraão, devemos copiar sua postura dentro do que for possível. Essa é a razão pela qual todo o cristão deve participar da propagação da santa semente do evangelho, destinando os dízimos para a edificação da igreja cristã na terra. Com certeza, todos os que fazem isso de forma correta, são amplamente abençoados.

       O que, lamentavelmente, existe em nossos dias, é a falta de temor de Deus por parte daqueles que desviam os dízimos do Senhor para seus próprios interesses (2 Tm. 3: 1-2-3).  Os cristãos ligados a esses, normalmente não recebem a resposta de Deus, por seus dízimos, porque ficam em situação semelhante a Caim. Seus líderes, os ensinam que a partir da entrega dos dízimos, cessa a responsabilidade do dizimista perante a Deus. Não é bem assim. O líder cristão é o intermediário entre nós e Deus. Mas isto não nos isenta da responsabilidade de fazer o dinheiro chegar ao destino final. Deus nos vê como coniventes dos falsos profetas quando confiamos neles (Ap. 18: 4).

      Portanto, quando entregamos os dízimos e ficamos sem saber como eles foram aplicados, fazemos do homem nosso braço forte, transgredindo a Palavra do Senhor, e provocando maldição. Veja o texto:
      “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem...” (Jr. 17: 5-6).
   
       Que Deus nos conceda força e poder para vencer todas as coisas  
 
                                                               Natanael de Souza