Mensagem

Cativeiro

MSG 477 DE 27/1/2016

    não devia ser solta desta prisão no sábado esta mulher que é filha de Abraão, e que há dezoito anos Satanás tinha presa? ” (Lc. 13: 16). 

   
       O cativeiro de uma pessoa pode existir sob o aspecto físico ou espiritual. Entretanto, muitos podem sofrer os dois tipos ao mesmo tempo, já que na maioria das vezes o cativeiro espiritual conduz a pessoa a uma prisão física. As Escrituras mostram exemplos onde a pessoa ficou presa em relação ao estado físico, mas espiritualmente estava em completa liberdade. Isso aconteceu com o apóstolo João, que, estando recolhido na ilha de Pátmos, foi arrebatado em espírito até o trono de Deus, e recebeu as revelações do Apocalipse (Ap.4: 2). A prisão espiritual acontece quando satanás bloqueia nossa mente, e passa a dominar sobre nossos sentimentos; ou atua nos levando a algum tipo de conduta que resulta em enfermidade. Esse tipo de ação do diabo gera muita controvérsia, pois de maneira geral as pessoas acabam aceitando a doença, e as vezes até a vejam como provação de Deus. Porém, a Palavra mostra que quando andamos em comunhão com o Senhor, as enfermidades não entram em nós, mesmo porque Jesus pagou pela nossa saúde na cruz (Is. 53: 5). 


       O versículo acima reproduzido relata sobre a pergunta de Jesus a respeito de uma mulher que andava encurvada a dezoito anos, e foi considerada como prisioneira de satanás (Lc. 13: 11-12-13). Na verdade, o número de pessoas que se encontram em situações semelhantes é infinitamente maior que as que se acham presas fisicamente, já que só é verdadeiramente livre aqueles que conhecem a verdade descrita nas Escrituras (Jo. 8: 31-32). Os judeus questionaram Jesus pelo fato dele considerar prisão espiritual.  Como muitos hoje, eles só consideravam presos aqueles que eram recolhidos aos presídios. Mas Jesus mostrou que existe também uma prisão espiritual, onde a pessoa está solta, mas é escravizada pelo diabo (Jo. 8: 34).  Na escravidão a pessoa vive sub o jugo de um dominador, e não faz o que ela quer; mas o que seu dominador manda. Essa é a razão pela qual Jesus deixou um convite para aqueles que estão cansados de serem escravas de um inimigo que eles não veem. Veja o texto:


       “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt. 11: 28-29-30).


       Observe que o Senhor não descarta o fato de estarmos como cativos em qualquer situação. Porém, nos faz entender que é muito melhor suportar o jugo que o evangelho nos impõe, do que permanecer sob o jugo do diabo através das coisas mundanas. A face mais terrível do jugo diabólico é situação do engano. O diabo engana a pessoa enquanto ele vive, para escravizá-la quando morre. O que mais ocorre é a pessoa, influenciada por ele sem perceber, achar que vive muito bem e não tem necessidade de se submeter à vontade de Deus (Ap. 3: 17). No momento em que morre, a verdade vem à tona. Aí se descobre que a vida continua numa outra dimensão, mas não pode fazer mais nada. Jesus mostrou isso através de uma parábola em que descreve um homem rico que morreu sem salvação (Lc. 16: 19 a 23). Portanto, é prudente fazermos esforço no sentido de tornar bem-vindo esse lado de nossa existência. Isso acontece quando acordamos a tempo de buscar a salvação para sermos cativos do diabo nem agora e nem depois. Essa é a razão de Jesus ter advertido os discípulos a propagar o evangelho. Veja o texto: 


      “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. ” (Mt. 28: 19-20).


       Observe que não se trata de religião, nem de igreja, mas de sermos aprendizes dos ensinos de Jesus Cristo através do evangelho, pois ele aponta para o modo de vida que liberta dos ardis satânicos e nos capacita a alcançar a vida na eternidade.


       Amigo, pense nisso. É muito importante termos a consciência de que vamos ser salvos. Talvez a maior honra que se possa desejar. É muito bom ter a certeza de que quando a morte nos sobrevier, existe alguém nos esperando do outro lado da vida (Lc. 16: 22). Veja o que diz a santa Palavra:


      “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. ” (Sl. 34: 7).  

       Que o Senhor te abençoe e te guarde.