Caminhos de Deus (2)

      “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. ” (Naum 1: 3).

      As afrontas que sofremos no relacionamento com outras pessoas, muitas vezes com resultado aparentemente danoso para nós, quase sempre deixam feridas em nosso coração, por julgar que fomos injustiçados. Na maioria das vezes conhecemos a justiça divina, mas nessa hora a esquecemos e damos lugar ao ressentimento. Quando assim procedemos, mesmo sem perceber estamos dizendo para Deus que não acreditamos na Sua justiça, que prevê o retorno de tudo o que se faz, seja de bem ou de mal. (Ver Gl. 6: 7).

       Portanto, quando alguém fere nosso coração devemos crer  que no tempo determinado por  Deus nosso opressor vai ser julgado, esteja ele vivo ou morto. Precisamos, entretanto, levar em conta que Deus revela muitas coisas para nós, mas o tempo de realização de cada uma delas é de sua exclusiva autoridade(Ver At. 1: 6-7). Essa foi razão pela qual Jesus mandou orar para os que nos perseguem (Ver Mt. 5: 44). Ele sabia que o tempo de Deus é diferente do nosso, mas da justiça divina ninguém pode escapulir. 

      Evidentemente não é fácil deixar de agir por conta própria e entregar os que nos afrontam à justiça divina. É necessário um grande esforço para abandonar o que aprendemos na vida mundana, e praticar os mandamentos de Deus. Mas esse é o sacrifício mais importante que temos de oferecer para sermos alcançados pelas bênçãos do Senhor. Muitas pessoas imaginam que Jesus já pagou por nós, e por isso podemos ser alcançados pelas bençãos de Deus mesmo vivendo em transgressão à Sua Palavra. Não é por aí. Jesus pagou com seu próprio sangue para ser estabelecida uma nova modalidade na maneira de relacionarmos com Deus, em um nível muito mais evoluído. Porém, jamais isentou cada pessoa de levar sua própria cruz (Ver Mt. 16: 24). Por isso nunca devemos esquecer que o elemento mais importante de nossa cruz é obedecer aos mandamentos da lei divina. 

      No tempo de Moisés esse aspecto  dos caminhos de Deus eram mais fácil de ser trilhados. Podíamos cobrar olho por olho e dente por dente(Mt. 5: 38). Mas isso já ficou para trás. Em nosso tempo, quem quiser ser visto como cristão aos olhos do Senhor, deve colocar todas as afrontas na balança da justiça divina, estabelecida nos ares da terra desde a primeira vinda de Jesus (Ver Ap. 6: 5-6). Fazendo assim, respeitamos o tempo determinado por Deus (Ec. 3: 1), e não só estamos cumprindo um mandamento de Jesus, como também dizendo para Deus, através de atitudes, que cremos na Sua Palavra. Evidentemente, é muito mais difícil esperar por Deus, do que tomar as atitudes que julgamos corretas. Mas nessa última hipótese estamos em desobediência. Veja o texto:

    “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.  Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. ” (Pv. 3: 5-6).

      Com toda certeza, a falta de paciência para esperar o tempo determinado por Deus, tem sido o grande fator das falhas que impedem as nossas bençãos. As Escrituras afirmam que quando procuramos os caminhos que agradam a Deus, até os nossos inimigos têm paz com nós (Pv. 16: 7).

     Portanto, amigo meu, esforce para agir corretamente de acordo com a Palavra de Jesus.  Andando pelos caminhos de Deus, você colherá grandes frutos no tempo certo. Procure jogar fora do seu coração, toda a imundície espiritual como mágoas e ressentimentos, e certamente as bençãos do Senhor te alcançarão (Ver Dt. 28: 1 a 13). Lembre-se que, às vezes, uma tormenta ou tempestade pode estar sendo permitida por Deus para que venhamos aprender a andar nos Seus caminhos.

      Que o Senhor te abençoe e te guarde.

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