Mensagem

Atitude de Maria

MSG 407 DE 22/7/2014

        “Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” (Lc. 1: 38).      

       Uma de nossas atitudes que mais agrada a Deus é a obediência irrestrita à Sua vontade. Na prática da lei divina só consegue obedecer sem questionar aquele que, mesmo não vendo Deus pelos olhos naturais, tem inteira convicção de Sua majestade como Criador e dono de todas as coisas.  Essa é a razão de Jesus haver dito que bem-aventurado é aquele que não viu e creu (Jo. 20: 28-29). Olhando para o passado vemos que ao longo do tempo muitas pessoas venceram obstáculos humanamente impossíveis porque não tiveram medo de crer em Deus. Fé sem medo e obediência sem restrição não é fácil de praticar; mas é a atitudeque Deus mais deseja daqueles que almejam alcançar o reino da glória (Hb. 11: 6).

       O versículo acima reproduzido relata a atitude de Maria ao receber a notícia de que dela haveria de nascer o salvador que é Cristo. Hoje, com toda a revelação do mundo espiritual que temos através da Bíblia, ainda sentimos dificuldade em compreender como Maria poude ter tamanha fé e coragem para assumir uma postura tão digna diante do anjo de Deus (Lc. 1: 30-31). Pelas leis da época ela correu o sério risco de ser apedrejada por acusação de infidelidade. Mas, ainda assim, não duvidou das Palavras do mensageiro, e se colocou prontamente à disposição da vontade de Deus, demonstrando uma fé que nem o Sacerdote de sua época tinha. Pouco tempo antes, o mesmo anjo havia anunciado o nascimento de João Batista ao Sacerdote Zacarias que duvidou e foi punido (Lc. 1: 19-20). Mas Deus honrou a atitude de Maria, revelando a verdade a José, seu futuro marido, e não deixou que ele a abandonasse. Veja o texto:

      “Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.” (Mt. 1: 19-20).

       Assim, o nascimento de Jesus foi precedido da perfeita submissão de Maria, acompanhada do caráter honesto de José. Nada poude barrar a determinação de Deus no sentido de enviar Seu Filho para abrir as portas da salvação, e reconciliar os seres humanos que estavam afastados da comunhão com o Criador desde o tempo de Adão (Gn. 3: 23). Apesar da prostituição física e espiritual reinante naquela época, diante do domínio que o império romano exercia sobre o povo de Israel, ninguém conseguiu impedir os propósitos de Deus. A atitude de Maria deixou claro que quando fazemos à vontade do Senhor as portas do inferno não prevalecem.

       A grandeza de sua fé e submissão à vontade divina permitiu a vinda de Jesus como filho de mulher para tomar os domínios do mundo da mão do diabo, e resgatar um reino que Deus preparou para o homem, mas foi perdido no princípio da criação (Mt. 25: 34). Antes da vitória de Jesus os seres humanos não tinha a salvação plena porque nenhum homem pode vencer o mundo e cumprir a determinação de Deus para resgatar o direito à vida eterna (Gn. 3: 15b). Mas Jesus fez isto, abrindo as portas do reino da glória para todo aquele que nele crer (Mc. 16: 16). Portanto, gerando o Filho de Deus em seu ventre, Maria teve    um papel fundamental para a restauração do reino espiritual da terra perdido lá no Éden, pela desobediência de Eva (Gn. 3: 6).

       Amigo, nunca duvide em tomar decisões que agradam a Deus. Lembra que para alcançarmos a salvação, foi necessário que o Senhor encontrasse no mundo pelo menos duas pessoas de extrema coragem e fé: Abraão, que não hesitou em oferecer seu único filho em holocausto a Deus (Gn. 22: 1 a 10); e Maria que não questionou sobre o risco de perder sua honra pessoal quando abordada pelo anjo Gabriel, anunciando que ela viria a ser mãe do Filho de Deus (Lc. 1: 31). Portanto, considera o texto referente às palavras de Davi, dirigidas a Deus, que abaixo transcrevemos:

       Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa.” (Sl. 25: 3).  

         Que o Senhor a Quem servimos possa falar melhor ao seu coração.