Mensagem

Armaduras Espirituais

MSG 343 – 7/5/2013

      “…  tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” (Ef. 6: 13).  
     

       Armadura, nesse sentido, é o equipamento que os guerreiros do tempo antigo usavam para se proteger dos danos que poderiam sofrer com o ataque do inimigo. As Escrituras relatam que quando Davi se dispôs a enfrentar o desafio do gigante Golias, o rei Saul o mandou que vestisse suas armaduras (I Sm 17: 38). Mas Davi dispensou a oferta, e partiu para a luta levando apenas a fé de que Deus daria o inimigo em suas mãos. Ele foi respondido, derrotando o filisteu (I Sm. 17: 45-50). Isso mostrou as armaduras espirituais como mais eficientes que as comuns, feitas por mãos humanas.  

       O texto do versículo acima transcrito mostra que o cristão deve se preparar, vivenciando as práticas dos princípios do evangelho que o tornam de forma semelhante a um guerreiro armado para enfrentar o inimigo.O tipo de inimigo que temos a enfrentar é qualificado como sendo principados que, a serviço do diabo, dominam a partir das regiões celestes. Portanto, a preparação do um cristão não restringe apenas a uma melhora momentânea do seu estado espiritual. É necessária a busca permanente de santificação, entendendo como tal a substituição de nossa visão distorcida das coisas de Deus, por um entendimento profundo da verdade. Essa é a razão pela qual Jesus aconselhou a sermos seus discípulos (Jo. 8: 31-32). 

      
       Como o próprio nome indica as potestades malignas citadas em Efésios 6: 12 são seres espirituais com alto poder de astúcia, cuja ação só pode ser impedida se o cristão estiver em bom nível de comunhão com Deus. Assim, o caminho para se armar contra elas são os princípios estabelecidos no evangelho, sendo o primeiro deles a prática da verdade (Ef. 6: 14). Isto significa abandonar os conceitos errados que aprendemos no mundo, e tomar como verdade o que está na Palavra de Jesus (Jo. 14: 6).

       O segundo representa viver na prática da justiça divina, para ser considerado justo (I Jo. 3: 7). O exercício contínuo desse princípio reveste nosso espírito da unção necessária para resistir os ataques inimigos, formando uma proteção semelhante à couraça que protegia os soldados antigos. A união desses dois princípios proporciona a firmeza de atitudes para enfrentar o dia mau. O terceiro – Ef. 6: 15 – refere-se à nossa preparação no evangelho, considerando-a como o calçado de nossos pés. Jesus nos delegou autoridade para pisar em toda a força do inimigo, declarando que nada pode nos causar dano (Lc. 10: 19). Mas isso só é possível quando estamos devidamente calçados com os mandamentos do evangelho. Caso contrário, não estamos habilitados a pisar no inimigo (At 19: 13 a 16).

       O quarto princípio representa o escudo. É a nossa fé, considerada como peça de proteção que colocamos na frente todas as vezes que o inimigo atira um dardo.  Esse princípio destina a blindar nossos sentimentos contra as influências do inimigo. Ele apaga seus dardos inflamados (Ef. 6: 16).  A fé é a certeza de coisas que se esperam (Hb. 11: 1). Davi a usou para enfrentar Golias. Ele tinha no coração a certeza de que Deus agiria em seu favor, e o Senhor confirmou.

       O quinto é o capacete da salvação e a espada do espírito, considerando a primeira como o livramento prometido por Deus àqueles que creem (Mc. 16: 15). Portanto, só quem crê tem o capacete para se proteger no dia da luta. A espada do espírito é a Palavra de Deus. Ela deve ser a arma comum em todas as nossas batalhas (2 Co. 10: 3-4-5).  

          Amigo, a falta de observação e prática desses princípios tem deixado muitos cristãos enfraquecidos, e correndo o sério risco de não chegarem a fim da jornada. Portanto, lute para entrar na vida eterna. Ela é um direito que, à duras penas, o Senhor Jesus conquistou para nós, quando consumou o sacrifício derramando seu sangue na cruz do calvário.

       Que o Senhor te abençoe, falando melhor ao seu coração.